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Imigrar em tempos de incerteza: os impactos emocionais das novas regras migratórias

  • Foto do escritor: Marina Furtado
    Marina Furtado
  • 11 de ago.
  • 2 min de leitura

Nos últimos meses, temos acompanhado o endurecimento das políticas migratórias em diversos países. Medidas mais rígidas, dificuldades para obtenção de vistos… Tudo isso afeta diretamente a vida de quem escolheu recomeçar em um novo lugar.

Para quem vive a experiência da imigração, esse cenário pode despertar uma série de emoções difíceis: medo, angústia, insegurança, frustração e até culpa por ter trazido a família para um contexto que parece, de repente, hostil.

É importante lembrar que o processo migratório por si só já representa um grande desafio emocional. Estar longe da rede de apoio, lidar com uma nova cultura, enfrentar barreiras linguísticas e a sensação constante de precisar se provar — tudo isso cobra um preço.

Quando esse percurso é atravessado por políticas mais rígidas e pelo aumento do preconceito, o impacto na saúde mental se intensifica. Muitas pessoas começam a viver em estado de alerta constante. A ansiedade pode aumentar, o sono pode ficar prejudicado, e nisso tudo, o corpo sente.

E é justamente nesse ponto que a psicologia pode acolher. Através do cuidado psicológico, é possível:

· criar um espaço seguro de escuta, onde as angústias e inseguranças possam ser nomeadas e elaboradas;

· desenvolver estratégias para lidar com o medo, a instabilidade e o estresse da vida em outro país;

· fortalecer a autoestima e o senso de pertencimento, tão fragilizados por experiências de exclusão;

· e promover o autocuidado e a construção de uma nova rotina com mais equilíbrio emocional.

Se você é imigrante e está se sentindo sobrecarregado emocionalmente diante das últimas mudanças, saiba que você não precisa enfrentar tudo isso sozinho. Cuidar da saúde mental é construir um refúgio dentro de si, mesmo quando tudo fora parece incerto.

 

Com carinho,

Marina.

 
 
 

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